A questão do conhecimento do módulo do solo mole, na geotecnia, é difícil, mas extremamente necessária, na medida em que ao construir obras geotécnicas, cada vez mais, torna-se obrigatório prever todos os principais movimentos e, imprescindível, sua deformação. Sabemos que solo mole é sinal de complexidade, estando bem longe da elasticidade linear, base da resistência dos materiais. Na verdade, outras importantes características como a não reversibilidade, dilatância, efeito do tempo e a anisotropia são inerentes para o comportamento do esqueleto do solo, devendo-se associar a sinistra poropressão. O desenvolvimento de modelos simples, do comportamento geral do solo, que compreende um grande numero de parâmetros, acabam por conduzir ao X do problema. São modelos descomplicados, muitas vezes do tipo elastoplástico, ou mesmo elástico, em que os módulos de deformação considerados são adaptados ao tipo de solicitação especifica da obra geotécnica. Assim, para uma mesma obra, não haverá apenas um módulo, mas inúmeros, devendo ser escolhido o mais adequado. Claro está que, a experiencia da empresa A tomografia do solo, com imagem, para a obtenção do seu módulo. envolvida na obra, os resultados das sondagens e a instrumentação são de importância capital. A determinação dos parâmetros mecânicos, em especial os módulos de deformação do solo e o conhecimento de sua evolução, para pequenos a grandes valores, portanto, será de extremo valor. A impossibilidade da determinação da curva da evolução do módulo de cisalhamento, para pequenas ou grandes deformações, seja em laboratório ou no campo, e a necessidade do conhecimento do seu comportamento, implica na adoção de modelos específicos. Assim, nesta edição, apresentamos informações úteis acerca dos módulos de deformação e os parâmetros influenciadores, seguindo-se da compreensão para diferentes ensaios, em campo e em laboratório, necessários para determina-los, para diferentes ordens de grandeza, de 10-6 a 10-1. Na terceira matéria, a definição do modelo hiperbólico utilizado para obter-se a curva não linear, da evolução do módulo de cisalhamento do solo para pequenas e grandes deformações, além dos resultados da calibração do modelo.
Boa leitura.
M.Sc. Joaquim Rodrigues